Escrever! Presumo que seja esse o meu destino por vários anos de minha vida, afinal escolhi o como profissão o Jornalismo.
Contar histórias e sucitar discussões, essa é a minha função através dos textos.

É... inventar, relatar, expôr. Sobre todas essas maneiras de escrever eu já consegui obter um certo domínio. Mas escrever sobre amor e todos esses sentimentalismos é complicado, pelo menos para mim.
Eu fico me perguntando como que Renato Russo, Arnaldo Jabour e todos esses escritores inspiradérrimos conseguem traduzir exatamente o que sentem. Será mesmo mesmo que conseguem? Bom, mas não é para levantar essa questão que estou escrevendo.
Se eu não consigo nem definir meus sentimentos, falar deles trona-se muito mais complicado. Mas uma coisa eu descobri: muito mais complicado do que escrever sobre sentimentos, é escrever sem sentí-los.
Se ele está dentro de você, uma hora ou outra você acaba encontrando uma maneira de tecer algumas linhas sobre, mesmo que complexamente. Mas se você não sente e nem nunca sentiu, aí as coisas complicam. Como falar de algo que não se sabe como é? Como definir? Através de conceitos que outros fizeram?
Cada um é diferente, e sente diferente. Definir sentimento me dá a impressão de limitá-lo, enquanto, na verdade, teria de ser ilimitado para ser sentindo por inteiro. Ou será que estou errada?