Quinze dias se passaram...e mais um blog foi escolhido para ficar em destaque no Delírios. Na TPM! O blog é bem divertido. Evilyn, Lívia e Mara postam sempre pensamentos e piadinhas, ironizando o universo feminino, ou não. Vale a pena conferir, garanto que darão boas risadas!
Bjo bjoo gente!!!.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Sem preconceito
Por Maria Gabriela Brito
Há o verão! Como ele amava o clima quente, o sol queimando e os temporais momentâneos que só serviam para deixá-lo molhado e com mais calor. Sentado na arquibancada da quadra de futsal da universidade ele babava nas lindas meninas bronzeadas que faziam questão de exibir todas as partes do corpo nessa estação tão caliente.
Essas meninas deixavam-no completamente louco, como se soubessem que usar um vestidinho curto e decotado era o suficiente para fazer cada célula do corpo dele se contorcer de excitação. Até as mocinhas mais branquelas traziam no rosto um ar saudável com bochechas rosadas e nariz avermelhado queimado de sol.
Entretanto, ele não conseguia decidir o que mais mexia com ele. Aquelas belas garotas saradas e bronzeadas e seus longos cabelos brilhando a luz do dia, ou aqueles homens másculos e suados berrando e correndo sem camisa atrás da bola de futebol na quadra coberta.
Aqueles rapazes joviais e cheios de energia enchiam a cabeça dele com pensamentos que sua avó com certeza consideraria muito mais do que pecaminosos. “O Diabo roubou e possuiu meu netinho com pensamentos do inferno!”, diria ela. A imagem da avó maníaca religiosa o fez soltar uma gargalhada que arrancou olhares curiosos de um grupo de amigas sentadas duas fileiras abaixo que soltaram risadinhas para ele.
Elas fofocavam e riam, jogando todo o charme possível para os atléticos jogadores de futebol. Deviam estar imaginando a mesma coisa que ele, sentindo o sangue correr por cada veia do corpo, causando um efeito eufórico e ansioso como quando ele estava nervoso antes de uma apresentação de trabalho misturado com a sensação de ver alguém pelo qual estava apaixonado.
Ele se apaixonava muito fácil. E também era fácil se apaixonar por ele, homens e mulheres. Era alto com seus 1,80 de altura e postura charmosa. Apesar de não ser muito atlético, tinha um porte elegante e esguio, digno de realeza. Os cabelos estavam sempre bem cortados, deixando fios lisos e pretos repicados com leveza que caiam charmosamente nos olhos escuros.
O cabelo era tão brilhante e sedoso que dava vontade de por a mão, só para ver se era de verdade. O rosto era firme e quadrado, porém um pouco delicado, com seus lábios finos e vermelhos e nariz pontudo e perfeito no conjunto. Era um jovem bonito que chamava a atenção de quem ele quisesse: homens, mulheres, gays, bi ou héteros. Era impossível não olhar para ele.
Justamente por isso ele não decidia. Não dava! Com tanta gente o desejando ele não poderia escolher. O ser humano era tão maravilhosamente perfeito e único que ele não podia e nem queria escolher. Ele achava que ter preferências não combinava com ele. Pra quê? Se ele poderia ter tudo!
Não dava para escolher entre aquelas jovens delicadas que clamavam por sua proteção, ou por aqueles homens deliciosos e tão perfeitos quanto ele, que também eram impossíveis de não serem admirados e desejados. Enquanto sorria misteriosamente para as mocinhas sentadas nas fileiras abaixo, observava os jogadores suados e ofegantes.
Ele não precisava se decidir. Queria todos! Estava tão apaixonado pela vida, pelo ser humano, que não pensava em tipos físicos, cor, sexo, não tinha preconceitos. “No fundo é todo mundo igual. Vamos todos ser caveiras que vão acabar virando pó um dia”, pensou ele.
Pegou o celular e marcou um encontro depois da aula com um ex-namorado, mas também amigo colorido, daqueles que sempre quebram o galho. Depois recolheu seus livros de sociologia e desceu algumas fileiras. Foi dar toda a atenção que aquelas belas jovens estavam implorando. Ele não precisava decidir. E definitivamente não iria.
Há o verão! Como ele amava o clima quente, o sol queimando e os temporais momentâneos que só serviam para deixá-lo molhado e com mais calor. Sentado na arquibancada da quadra de futsal da universidade ele babava nas lindas meninas bronzeadas que faziam questão de exibir todas as partes do corpo nessa estação tão caliente.
Essas meninas deixavam-no completamente louco, como se soubessem que usar um vestidinho curto e decotado era o suficiente para fazer cada célula do corpo dele se contorcer de excitação. Até as mocinhas mais branquelas traziam no rosto um ar saudável com bochechas rosadas e nariz avermelhado queimado de sol.
Entretanto, ele não conseguia decidir o que mais mexia com ele. Aquelas belas garotas saradas e bronzeadas e seus longos cabelos brilhando a luz do dia, ou aqueles homens másculos e suados berrando e correndo sem camisa atrás da bola de futebol na quadra coberta.
Aqueles rapazes joviais e cheios de energia enchiam a cabeça dele com pensamentos que sua avó com certeza consideraria muito mais do que pecaminosos. “O Diabo roubou e possuiu meu netinho com pensamentos do inferno!”, diria ela. A imagem da avó maníaca religiosa o fez soltar uma gargalhada que arrancou olhares curiosos de um grupo de amigas sentadas duas fileiras abaixo que soltaram risadinhas para ele.
Elas fofocavam e riam, jogando todo o charme possível para os atléticos jogadores de futebol. Deviam estar imaginando a mesma coisa que ele, sentindo o sangue correr por cada veia do corpo, causando um efeito eufórico e ansioso como quando ele estava nervoso antes de uma apresentação de trabalho misturado com a sensação de ver alguém pelo qual estava apaixonado.
Ele se apaixonava muito fácil. E também era fácil se apaixonar por ele, homens e mulheres. Era alto com seus 1,80 de altura e postura charmosa. Apesar de não ser muito atlético, tinha um porte elegante e esguio, digno de realeza. Os cabelos estavam sempre bem cortados, deixando fios lisos e pretos repicados com leveza que caiam charmosamente nos olhos escuros.
O cabelo era tão brilhante e sedoso que dava vontade de por a mão, só para ver se era de verdade. O rosto era firme e quadrado, porém um pouco delicado, com seus lábios finos e vermelhos e nariz pontudo e perfeito no conjunto. Era um jovem bonito que chamava a atenção de quem ele quisesse: homens, mulheres, gays, bi ou héteros. Era impossível não olhar para ele.
Justamente por isso ele não decidia. Não dava! Com tanta gente o desejando ele não poderia escolher. O ser humano era tão maravilhosamente perfeito e único que ele não podia e nem queria escolher. Ele achava que ter preferências não combinava com ele. Pra quê? Se ele poderia ter tudo!
Não dava para escolher entre aquelas jovens delicadas que clamavam por sua proteção, ou por aqueles homens deliciosos e tão perfeitos quanto ele, que também eram impossíveis de não serem admirados e desejados. Enquanto sorria misteriosamente para as mocinhas sentadas nas fileiras abaixo, observava os jogadores suados e ofegantes.
Ele não precisava se decidir. Queria todos! Estava tão apaixonado pela vida, pelo ser humano, que não pensava em tipos físicos, cor, sexo, não tinha preconceitos. “No fundo é todo mundo igual. Vamos todos ser caveiras que vão acabar virando pó um dia”, pensou ele.
Pegou o celular e marcou um encontro depois da aula com um ex-namorado, mas também amigo colorido, daqueles que sempre quebram o galho. Depois recolheu seus livros de sociologia e desceu algumas fileiras. Foi dar toda a atenção que aquelas belas jovens estavam implorando. Ele não precisava decidir. E definitivamente não iria.
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