Começou a corrida eleitoral! São centenas de candidatos em busca de votos, e para isso utilizam todas as artimanhas e ferramentas possíveis e impossíveis, bombardeando os eleitores com propagandas e promessas na maior parte das vezes ilusórias. E o pior, é sempre o mesmo discurso, o que deixa a população cansada e desestimulada a acompanhar as propagandas eleitorais nas rádios e tv's. Quem se prontifica a ouvir todos os dias a mesma ladainha?
Vez por outra, durante todo o período eleitoral, os programas ganham uma informação ou quadro novo, para não dizer que estão fazendo os eleitores de bobo, assistindo durante quase 40 dias a mesma conversa fiada. Quem gosta?Os santinhos são sempre iguais, nada inovador aparece no visual, muito menos no conteúdo. Utilizam outdoors, faixas e cavaletes, causando total poluição visual pelas ruas das cidades. E aí entra outra questão revoltante. Se qualquer cidadão quiser utilizar espaço público para divulgar o seu negócio ele é impedido e multado, agora para políticos quer querem somente se eleger, e depois nem se preocupam com seus deveres perante a população o espaço é liberado, com respaldo de lei federal. Quanta injustiça! Já começa daí a desigualdade e hipocrisia que toma conta do nosso país.
Até há algum tempo atrás não tinha parado para refletir sobre essas questões eleitorais, só me sentia enfadada dessas propagandas e me dava (e ainda dá) arrepios de repugnânicia só de pensar nos massantes horários eleitorias. Mas em uma mesa de bar sempre surge algo construtivo, promissor ou no mínimo reflexivo. Pessoas desconhecidas há até 30 minutos atrás viram verdadeiros amigos de infância, as piadas tem seu momento especial na mesa, e assuntos polêmicos vem a tona, e política é quase semrpe um deles.
Papo vai, papo vem, quando estávamos no calor da conversa sobre em quem votar surge a questão do voto facultativo. Taí! Talvez seja a solução para deixarmos de eleger esses políticos com alto poder e técnica persuasiva, onde os atingidos são principalmente os menos politizados (a maioria da população), que por fim acabam elegendo os políticos bom de papo e ruim de fato.
Seria o caso de se pensar nessa inovação, uma reformulação das leis eleitorais. O voto estaria nas mãos de quem entende e quer participar da política brasileira, quem não se interessa não precisaria votar nulo, em branco, ou no candidato que está vencendo, só por votar, sem consciência, por obrigação. E para a maioria da popolação não ficar alienada, deveria existir um investimento na educação política da população, politizando a massa, fazendo assim com que ela tenha consciência no ato de votar.
Mas enquanto tudo isso não acontece, vou ligar a televisão na hora do meu descanso e apreciar o espetáculo gratuito eleitoral, que funciona como musiquinha de ninar para meus ouvidos!