Por Sarah Menezes
Rostos em prantos, olhares de desespero e expressões faciais implorando ajuda naquelas miseráveis cidades do nordeste, acometidas por uma destruição natural, onde perderam tudo, inclusive suas famílias. A única coisa que consigo perceber são gritos de socorro!
Alguém aí, do outro lado dessa tela, sentado em uma cadeira confortável, no aconchego do seu lar ou na sofisticação do seu ambiente de trabalho, já parou realmente para imaginar o que essas pessoas estão passando? Para se por verdadeiramente no lugar delas e sentir o que elas estão sentindo?
Pelo visto não, ao menos não é o que está parecendo. Não vi até agora nenhuma mobilização nacional para ajudar as vítimas de enchente em Alagoas e Pernambuco, nenhum auxílio que se compare ao que fizeram para ajudar a Tailândia com o Tsunami. E o pior, além desse descaso nacional, com um país concentrado somente em Copa do Mundo, tem seres humanos, nem sei se poderia denominá-los assim, explorando essas pessoas que perderam família, teto, lar, dignidade.
Famílias e mais famílias sobrevivendo da boa vontade dos vizinhos, lavando roupas, bebendo água e tomando banho em um rio totalmente poluído, arriscando a própria vida, e a dos filhos, ingerindo água contaminada. E o que se tem visto? Comerciantes exploradores, vendendo produtos ao triplo do preço normal, um galão de água a R$ 15,00, uma caixa de velas a R$ 5,00, um botijão de gás custando a exorbitante quantia de R$ 65,00.
Por que isso? Para que? Que justificativas plausíveis essas pessoas tem para explorar quem mais precisa de ajuda agora? É desumano. Isso é falta de compaixão, amor. Falta de sentir na pele o sofrimento da vida.
Isso é um desabafo gente, porque não consigo entender o que está acontecendo. Estou aqui para reavivar em todos o sentimento de solidariedade. Vamos fazer nossa parte. Aqui fica meu convite, e também meu protesto!
sexta-feira, 25 de junho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Não-eclética, e daí?
Por Mônica Salmazo
Eu estava prestes a começar outra história de romance, de aventuras, de sofrimento e outros diversos fatores que recheiam as histórias interessantes. Foi então que prestei bastante atenção no meu ambiente para escrever, eu escrevo em qualquer lugar, mas não suporto escrever sem música. Taí um tema interessante de verdade.
As músicas são a influência mór da escrita, quando estamos ouvindo músicas que falam de relacionamento entre casais então ficamos muito mais sucetíveis a escrever sobre o assunto. As mais belas músicas, na minha opinião, são as que falam sobre a vida, é incrível a capacidade de síntese que aprendemos a ter quando estamos sob influência da música.
Música faz parte da existência humana, que atire a primeira pedra quem nunca colocou músicas depressivas depois de levar um fora ou então de terminar um relacionamento complicado. A música é essencial sim! Nem por isso eu me julgo eclética, odeio determinados gêneros musicais e acredito que o preconceito contra pessoas não-ecléticas seja maior do que preconceito que essas pessoas não-ecléticas tem com os estilos musicais.
Vivo escutando de amigas que eu sou chata por que não aceito ir em show de sertanejo com elas, bom, na minha opinião, prefiro ficar em casa vendo um bom filme ou procurar outro lugar para ir. O problema dos não-ecléticos é que acabamos nos isolando, de certa forma, da sociedade. Vamos pensar: cidades pequenas, nada comparado com São Paulo ou Rio de Janeiro, são mais difíceis de encontrar opções. Se você é o único membro da turma não-eclético as probabilidades de ficar sozinho em um sábado à noite são bem maiores.
Mas defendo-me ao dizer que realmente prefiro ser isolada e curtir coisas que gosto do que ir a lugares que não são a minha praia. Sinto-me desconfortável, deslocada e irritada, você já se sentiu assim? É muito estranho, e muito diferente de quando estamos em um ambiente familiar e agradável, são outros 500...
Por isso escolho por ser não-eclética, mesmo que fique sozinha às vezes por falta de opção... bom... é sempre bom ter um tempo para curtir a si mesma.
Blog da Quinzena
Esta é a nossa dica da quinzena, espero que se divirtam!
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