sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Anti antitabagismo

Por Maria Gabriela Brito

Houve uma época em que ele foi elegante, a estrela mais famosa e cobiçada de Hollywood. Quem nunca viu filmes em que a conversa entre dois amantes só teve início graças ao ato de acender um cigarro? E convenhamos, qualquer mulher iria querer Montgomery Cliff (considerado um dos astros mais bonitos na história Hollywoodiana), no auge da juventude, beleza e sucesso, correndo com seus fósforos na telinha do cinema para acender a brasa do tabaco.


Impressionante como a postura em relação ao cigarro mudou em um tempo relativamente curto. Hoje, ele não passa de um vilão dos piores. O que antes era sinônimo de glamour, agora representa a solidão e o sofrimento. Mas não para mim.

Deus que me livre tentar defender o vilão da história, e nem quero, aliás, como uma fumante assumida, garanto que já estou cansada de saber os problemas causados por esse produto, e como se já não bastasse, ainda recebo lembretes insistentes dos não-fumantes: “Larga disso! Isso ai faz mal!”.

Tá bom! Como se eu não soubesse. Mas obrigada mesmo assim.

O caso, é que graças ao cigarro estou em um emprego que muitos matariam para estar. Explico-me. Fumantes tendem a se identificar com outros fumantes, é como de fôssemos uma comunidade unida. Por exemplo, quem fuma sabe o desespero de ter um maço cheio, mas nenhum isqueiro, e quando finalmente achamos um, a pessoa que ofereceu é digna de gratidão eterna.

Para minha sorte, a pessoa que me entrevistou também era fumante, mas antes de ficar sabendo disso, ela me mandou aquela pergunta de praxe ao longo da entrevista: “Você fuma?”. Completamente embaraçada, não conseguia me decidir entre a verdade e a mentira, todos os avisos de como o cigarro era o vilão, fazia mal, e só trazia angústia e infelicidade, ficaram sobrevoando minha cabeça.

Como eu queria muito aquele emprego, não podia me dar ao luxo de estragar tudo e começar uma relação baseada em mentiras, então falei quase que vomitando as palavras: “Fumo”. Foi a primeira vez que assumi o meu vício em uma entrevista de emprego, o que foi uma experiência no mínimo libertadora.

Um pouco mais segura de mim e assumindo total responsabilidade sob o que poderia acontecer, repeti “Fumo!”. Percebendo meu embaraço com a situação, a entrevistadora solidarizou-se dizendo: “Eu também”. Foi o suficiente para ficarmos na mesma sintonia, e a entrevista fluir como uma conversa. E aqui estou eu: Contratada!

Claro que nem todo mundo conseguiria ter a mesma sorte que eu, então para os não-fumantes o meu conselho é: Permaneçam assim! E tá legal, eu confesso, talvez não tenha sido graças ao cigarro, vai vê eu me encaixei mesmo no perfil da empresa, mas sendo uma fumante que tenta largar o vício todo mês, preferi acreditar que ele foi o mocinho, pelo menos desta vez.

E sabe como é, diz a sabedoria popular que a gente gosta mesmo é do que não presta, e quem sou eu para discutir?

É nóis no Conecta!

Bom galera, é com muito orgulho que informamos que fomos citadas no Conecta, um newsletter do curso de comunicação social da Uniube, que é enviado para todos os profissionais e alunos da área.
O nosso próximo passo é ganharmos a Intercom 2010!
Torçam por nós!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Será que é?

Por Mônica Salmazo


Será a vida universitária um Axé Brasil?
Exatamente, será mesmo que as relações entre os jovens devem realmente limitar-se entre o "me-beija-na-boca" e "me-leva-pra-cama"?
Às vezes tenho a impressão de que o mundo vai acabar em festa.
A modernidade trouxe com ela mudanças bem significativas e comportamentos mais estranhos ainda. Por mais que tenhamos que observar e tentar sugar ou filtrar alguma explicação sobre o comportamento em pauta, com o tempo torna-se impossível e claro aos nossos olhos que tudo não passa de uma trama inexplicável.
Talvez tenhamos tendência a acreditar que vulgaridade é atitude adulta e, portanto, o importante torna-se aumentar o máximo possível o número de pessoas que beijamos na boca e levamos pra cama, na esperança de que isso te torne "experiente" ou pelo menos famoso entre as rodas.
Digo pessoas por que o mundo não tem um preconceito absurdo como antigamente, ainda é aterrorizante o quanto de preconceito ainda existe, mas nos grandes centros ou pelo menos um pequeno grupo em cada cidade acredita em vertentes diferentes e, no caso, estamos falando do homossexualismo. O número de nomes que se junta à listinha de beijos e sexo também inclui experiências homossexuais, bissexuais, transsexuais e etc.
Fazemos o que temos vontade e julgamos o próximo por cometer as mesmas atitudes. Homens não gostam de mulheres "rodadas", mas eles podem ser "garanhões". Mulheres nunca admitem que são "rodadas" mas também são hipócritas quando decidem dar tudo de si a um desses "garanhões", pois foi este mesmo "garanhão" que chamou você de "rodada" quando teve algo contigo. Ou seja, não querem ser vulgarizadas mas também não implicam o preconceito com os homens o mesmo da mulher, talvez o dia que perceberem isso as coisas possam andar-pra-frente, ou não.
Não por que creio que o mundo se tornou um Axé Brasil quando elas se deram conta disso e decidiram, ao invés de optar pela inteligência, optar por serem iguais. Igualmente "rodadas", igualmente "pegadoras", igualmente "espertas", igualmente "vividas" e etc., mas se esqueceram que o julgamento não é "igual".
As pegadoras se tornam "pervas", as espertas se tornam "burras", as vividas se tornam "rodadas-demais-para-pegar-de-novo" e com isso elas se tornam apenas "pegáveis-para-levar-para-a-cama-e-nunca-sair-em-público".
Com o simples pensamento de que o mundo vai acabar a amanhã então vamos fazer festa, o Governo acaba lucrando, pois a economia do país gira quando apenas um desses estudantes decide gastar em média 900 reais em quatro dias de carnaval, ou então quando decidem fazer 366 festas nos 365 dias do ano e, para isso, são necessárias bebidas, decoração, publicidade e etc., isso faz a economia ir pra frente (e os jovens para trás).
Enfim, acorde pessoal, o mundo vai acabar, mas não vai ser em festa.
"Pegue" moderadamente, a modernidade não está no tamanho da liberdade e sim na construção de seu marketing pessoal. Pense!