Por Maria Gabriela Brito
Ela estava deitada ao lado dele o encarando dormir. Deu um profundo suspiro e virou-se bruscamente para o outro lado.
- Seria aquilo amor?
Simplesmente não conseguia definir o que sentia por ele. Com certeza já o havia amado, mas agora estava tudo tão sem graça. Ele não havia feito nada de mal a ela, pelo contrário, era maravilhoso, perfeito (até demais) então porque sentia aquilo?
Voltou-se para ele, que continuava dormindo tranquilamente. Não conseguia tirar a idéia de terminar o namoro de sua cabeça. Ela já havia pensado a respeito do assunto, e aquilo a assombrava há alguns meses, mas sempre desistia de falar com ele na hora H.
Mas hoje ia ser diferente:
- Quando ele acordar eu falo tudo o que sinto e termino! – Pensou ela tão decidida que a idéia ecoou pelo quarto de uma maneira que fez o namorado acordar.
- Você disse alguma coisa amor?
Ela assustou-se quando ele acordou, e ele mais ainda quando abriu os olhos e deu de cara com a namorada o encarando. Após o silêncio como resposta, ele repetiu um pouco sem paciência:
- Você disse alguma coisa?
- Eu não! Volta a dormir, a gente tem que acordar cedo amanhã. – disse ela sem graça e envergonhada, dando as costas para ele, sem ter coragem de dizer o que sentia.
- Então ta. – Disse ele, que sem desconfiar de nada, pegou no sono novamente, enquanto ela simulava um ronco de sono pesado, mas na verdade estava bem acordada bolando seu plano para terminar o namoro.
-Hoje não deu porque ele tinha acabado de acordar cedo, ia ser sacanagem... – pensou.
Mas das outras vezes não foi diferente, sem coragem para admitir que não estava mais apaixonada, e com medo de ficar sozinha inventava desculpas, e o pior, a mentira era para ela mesma.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
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